''Uma parte do muro da galáxia.''
O novo principio do caos avança em silêncio.
Caminhando
sem rumo em meio ao silêncio do entardecer, parei e deitei sobre um gramado
fofo a poucos quilômetros de casa.
-
TARDE! Era a única palavra que vinha a minha mente quando pensava no que eu
estava fazendo ali sem rumo algum, andando de uma maneira que parecia círculos
grandes e muito bem feitos pelos meus pés. Então, parar e deitar era a melhor maneira de decidir que
decisão tomar. Por mais que minha mente estivesse longe e desligada de algum
modo.
Meus
olhos percorriam tudo a minha volta, árvores, arbustos, caminhos de pedras e a
vazia escuridão; meus ouvidos escutavam tudo ao redor, o barulho dos carros
ao longe, meus pés fazendo pequenos buracos na terra e das corujas nas
árvores.
Fechei
os olhos e respirei fundo uma, duas vezes e me deixei levar pelo silêncio que
tomava minha mente a cada minuto. Quando finalmente abri os olhos,
havia algo glorioso e magnetizante sobre mim. O céu!
Já estava anoitecendo, as
cores se misturavam como tintas jogadas ao muro, azul escuro, rosa e um pouco
de laranja junto aos pontos brilhantes e prateados que surgiam ao meio de toda
aquela arte natural.
Comecei a analisar as cores
que aos poucos deixavam o meu muro estrelar o laranja e o rosa; e por fim o
azul e os pontos prateados dominaram todo o espaço.
As estrelas chamavam a
atenção mais do que qualquer coisa naquela noite sem lua, cada estrela fazia
seu diferencial, as pequenas e as grandes ofuscantes em todo aquela constelação.
Imaginei se minha vida seria também cheia de estrelas pequenas e grandes ofuscantes, que ao olho nu desaparece no amanhecer e ressurge na imensidão da noite.
Ana.Carol.Caska
autora
Nenhum comentário:
Postar um comentário